Os 10 segredos de Branson
A estratégia do multimilionário para criar marcas atrás de marcas e conseguir ganhar muito dinheiro com (quase) todas
Regra nº1
Meta-se com alguém muito maior
'Na Virgin temos como estratégia usar a credibilidade da nossa marca para desafiar os players dominantes' – Richard Branson
E assim tem sido, desde sempre, nos discos, na aviação, na finança. Branson criou uma editora singular, tentou comprar a EMI, lançou uma companhia de aviação que concorre com o colosso British Airways e decidiu avançar com a Virgin Cola, para fazer frente à instaladíssima Coca-Cola.
Regra nº 2
Divirta-se
'Quando comecei, não me apercebi de que havia outra forma de ser um homem de negócios. Agora, o meu grupo está a usar a sua credibilidade para tornar o mundo um melhor lugar para se viver' – Ben Cohen, co-fundador da Ben & Jerry's
Um capitalista hippie. É assim que mitos catalogam Richard Branson. E, de facto, não estarão muito longe da verdade. O estilo informal, na maneira de vestir, nas atitudes e nos negócios, é a principal imagem de marcada do empresário. Mas apesar d eter marchado contra a guerra no Vietnam, Branson não aceita bem o rótulo de hippy, da mesma forma que lhe causa alguma repulsa o termo yuppie. No meio termo consegiu encontrar o seu território e continua a explorá-lo. Ideias rebeldes, loucas, contrversas até, assentes em bons planos de negócios. Mas sem gravatas, por favor. Os neg´cios são, para ele, mais do que apenas fábricas de dinheiro.
A filosofia de funcionamento da Virgin é, desde o início assente na máxima 'work hard, play hard', algo como, trabalhem no duro mas divirtam-se à grande.
Regra nº 3
Tudo é negociável
'…Ele tinha um apetite voraz pela negociação, identificando com precisão os momentos para falar e aqueles em que deveria estar calado, quando pressionar ointerlocutor ou simplesmente abandonar a conversação' – Tim Jackson, autor do livro Virgin King
Branson tem um charme natural que o ajuda na hora de negociar. Persuasivo, inteligente e acutilante na hora de argumentar, consegue (quase) sempre sair por cima. Também aprendeu, desde muito cedo, a não aceitar 'não' como resposta. 'Nunca' e 'impossível' são outras duas palavras que excluiu do seu dicionário. Não pense, contudo, que apesar do look descontraído este homem faz negócios sem pensar. Muito pelo contrário. Não sabe fazê-los sem os ponderar, pelo que tem uma equipa de analistas que consulta sempre que pretende avançar para uma nova aventura.
Regra nº 4
'Ele cativa o público e os empregados por conseguir tornar o cinzento mundo do trabalho num local de diversão permanente' – Alan Mitchell, em Leadership by Richard Branson
O modo como Branson vê os negócios é divertida e tudo aquilo em que se aventur acaba por reflectir esta perspectiva. Trabalhar com ele é tudo menos cinzento. Escolhe bem os talentos mas depois dá-lhes completa liberdade para serem criativos, encorajando a informalidade. O entusiasmo torna-se numa (boa) infecção que se espalha rapidamente por todas as suas empresas.
Regra nº 5
'Acredito que não existem limites para o que uma marca pode fazer, mas só se esta for usada convenientemente' – Richard Branson
Branson fez uma marca ao contrário. Não se tornou sinónimo de produtos (a grande ambição de qualquer marca com ambição global), como a Coca-Cola, sinónimo de todas as colas, ou Hoover, sinónimo de aspirador, por exemplo. A Virgin tem o dom da ubiquidade, está em todo o lado: nas telecomunicações, na aviação, na música, na televisão, etc. O atributo que lhe permitiu tal elastecidade é a credibilidade angariada junto do mercado. Se tal não acontecesse, ninguém acreditaria nos produtos Virgin.
Regra nº 6
'Há quem acredite que, por debaixo da capa de charme e informalidade, Branson está à frente da maior máquina de relações públicas do Reino Unido' – Andrew Davidson, jornalista
Informal, mas não tolo. Branson gere com mão de ferro a sua imagem. Só aparece quando quer, como quer e para quem quer. Ninguém se intromete na sua vida privada. E todas as suas aparições, mesmo as mais extravagantes, têm um objectivo claro: potenciar os seus negócios, a sua marca Virgin.
Regra nº 7
Não se limite a guardar o rebanho
'Os quadros da Virgin não são meros trabalhadores a executar tarefas mecãnicas num gigante jogo de xadrez. Eles são, também, empreendedores por direito próprio' – Richard Branson
Uma das mais importantes características de Branson é aperceber-se do moment em que deve abandonar a liderança de um processo e passá-la para os outros, potenciando a capacidade de liderança e a criatividade que tem ao seu serviço. Ele é, e sabe ser, um catalisador de ideias e processos, encorajando amiúde o caos para conseguir chegar à desejada ordem. O premannte contacto que Branson mantém com empregados e clientes permite-lhe, ainda, apreceber-se, com considerável antecipação, de novas tendências e, ao mesmo tempo, criar novas ideias de negócios.
Regra nº 8
Seja mais rápido que a sua sombra
'Ele apenas diz sim ou não. Não perde o seu tempo valioso a tentar convencer um grupo de gestores intermédios de que a sua ideia é boa' – Rowan Gormley, CEO da Virgin Direct
A velocidade que pretende imprimir aos seus negócios é, por vezes, bastante para retirar o fôlego ao comum dos mortais. Não é um grande seguidor dos estudos de mercado. Prefere confiar nos seus instintos sobre os gostos dos consumidores e avançar, rapidamente. Mas raramente o faz sozinho. Branso é mestre em congregar ajuda em torno dos seus projectos, entusiasmando quem com ele trabalha. Mais importante que tudo o resto: Branson não tem uma ponta de medo de cometer erros. E comete-os muitas vezes.
Regra nº 9
O tamanho conta
'Sempre que um negócio fica grande demais, começamos outro de raiz. Manter as coisas pequenas significa mantê-las pessoais' – Richard Branson
A sua estratégia é comear do zero. Sempre. Não espere ver Branson a comprar uma grande companhia (até já tentou deitar as mãos à EMI, mas não conseguiu). Manter os negócios numa dimensão relativamente pequena permite-lhe geri-los de uma forma mais pessoal, dominando todos os pormenores.
Regra nº 10
Nunca perder a humildade
'O contacto com ele é fácil, ao contrário do que sucede com uma estrela pop ou um grande homem de negócios' – Mike Brown, biógrafo de Richard Branson
Quando falamos com Branson sentimos que ele é um de nós. Melhor, ele faz-nos sentir que nós somos como ele. É fácil, agradável e muito, muito eficaz. O êxito nunca lhe subiu à cabeça e essa é outra das grandes qualidades do empresário. É este característica que lhe permite ouvir os seus clientes e fazer deles seus consultores, em vez de gastar milhões em multinacionais como a McKinsey, por exemplo. Branson trata todos de forma igual: do recepcionista ao quadro de topo.
Fonte: Richard Branson Way: 10 Secrets of the World's Greatest Brand Builder, de Des Dearlove
A estratégia do multimilionário para criar marcas atrás de marcas e conseguir ganhar muito dinheiro com (quase) todas
Regra nº1
Meta-se com alguém muito maior
'Na Virgin temos como estratégia usar a credibilidade da nossa marca para desafiar os players dominantes' – Richard Branson
E assim tem sido, desde sempre, nos discos, na aviação, na finança. Branson criou uma editora singular, tentou comprar a EMI, lançou uma companhia de aviação que concorre com o colosso British Airways e decidiu avançar com a Virgin Cola, para fazer frente à instaladíssima Coca-Cola.
Regra nº 2
Divirta-se
'Quando comecei, não me apercebi de que havia outra forma de ser um homem de negócios. Agora, o meu grupo está a usar a sua credibilidade para tornar o mundo um melhor lugar para se viver' – Ben Cohen, co-fundador da Ben & Jerry's
Um capitalista hippie. É assim que mitos catalogam Richard Branson. E, de facto, não estarão muito longe da verdade. O estilo informal, na maneira de vestir, nas atitudes e nos negócios, é a principal imagem de marcada do empresário. Mas apesar d eter marchado contra a guerra no Vietnam, Branson não aceita bem o rótulo de hippy, da mesma forma que lhe causa alguma repulsa o termo yuppie. No meio termo consegiu encontrar o seu território e continua a explorá-lo. Ideias rebeldes, loucas, contrversas até, assentes em bons planos de negócios. Mas sem gravatas, por favor. Os neg´cios são, para ele, mais do que apenas fábricas de dinheiro.
A filosofia de funcionamento da Virgin é, desde o início assente na máxima 'work hard, play hard', algo como, trabalhem no duro mas divirtam-se à grande.
Regra nº 3
Tudo é negociável
'…Ele tinha um apetite voraz pela negociação, identificando com precisão os momentos para falar e aqueles em que deveria estar calado, quando pressionar ointerlocutor ou simplesmente abandonar a conversação' – Tim Jackson, autor do livro Virgin King
Branson tem um charme natural que o ajuda na hora de negociar. Persuasivo, inteligente e acutilante na hora de argumentar, consegue (quase) sempre sair por cima. Também aprendeu, desde muito cedo, a não aceitar 'não' como resposta. 'Nunca' e 'impossível' são outras duas palavras que excluiu do seu dicionário. Não pense, contudo, que apesar do look descontraído este homem faz negócios sem pensar. Muito pelo contrário. Não sabe fazê-los sem os ponderar, pelo que tem uma equipa de analistas que consulta sempre que pretende avançar para uma nova aventura.
Regra nº 4
'Ele cativa o público e os empregados por conseguir tornar o cinzento mundo do trabalho num local de diversão permanente' – Alan Mitchell, em Leadership by Richard Branson
O modo como Branson vê os negócios é divertida e tudo aquilo em que se aventur acaba por reflectir esta perspectiva. Trabalhar com ele é tudo menos cinzento. Escolhe bem os talentos mas depois dá-lhes completa liberdade para serem criativos, encorajando a informalidade. O entusiasmo torna-se numa (boa) infecção que se espalha rapidamente por todas as suas empresas.
Regra nº 5
'Acredito que não existem limites para o que uma marca pode fazer, mas só se esta for usada convenientemente' – Richard Branson
Branson fez uma marca ao contrário. Não se tornou sinónimo de produtos (a grande ambição de qualquer marca com ambição global), como a Coca-Cola, sinónimo de todas as colas, ou Hoover, sinónimo de aspirador, por exemplo. A Virgin tem o dom da ubiquidade, está em todo o lado: nas telecomunicações, na aviação, na música, na televisão, etc. O atributo que lhe permitiu tal elastecidade é a credibilidade angariada junto do mercado. Se tal não acontecesse, ninguém acreditaria nos produtos Virgin.
Regra nº 6
'Há quem acredite que, por debaixo da capa de charme e informalidade, Branson está à frente da maior máquina de relações públicas do Reino Unido' – Andrew Davidson, jornalista
Informal, mas não tolo. Branson gere com mão de ferro a sua imagem. Só aparece quando quer, como quer e para quem quer. Ninguém se intromete na sua vida privada. E todas as suas aparições, mesmo as mais extravagantes, têm um objectivo claro: potenciar os seus negócios, a sua marca Virgin.
Regra nº 7
Não se limite a guardar o rebanho
'Os quadros da Virgin não são meros trabalhadores a executar tarefas mecãnicas num gigante jogo de xadrez. Eles são, também, empreendedores por direito próprio' – Richard Branson
Uma das mais importantes características de Branson é aperceber-se do moment em que deve abandonar a liderança de um processo e passá-la para os outros, potenciando a capacidade de liderança e a criatividade que tem ao seu serviço. Ele é, e sabe ser, um catalisador de ideias e processos, encorajando amiúde o caos para conseguir chegar à desejada ordem. O premannte contacto que Branson mantém com empregados e clientes permite-lhe, ainda, apreceber-se, com considerável antecipação, de novas tendências e, ao mesmo tempo, criar novas ideias de negócios.
Regra nº 8
Seja mais rápido que a sua sombra
'Ele apenas diz sim ou não. Não perde o seu tempo valioso a tentar convencer um grupo de gestores intermédios de que a sua ideia é boa' – Rowan Gormley, CEO da Virgin Direct
A velocidade que pretende imprimir aos seus negócios é, por vezes, bastante para retirar o fôlego ao comum dos mortais. Não é um grande seguidor dos estudos de mercado. Prefere confiar nos seus instintos sobre os gostos dos consumidores e avançar, rapidamente. Mas raramente o faz sozinho. Branso é mestre em congregar ajuda em torno dos seus projectos, entusiasmando quem com ele trabalha. Mais importante que tudo o resto: Branson não tem uma ponta de medo de cometer erros. E comete-os muitas vezes.
Regra nº 9
O tamanho conta
'Sempre que um negócio fica grande demais, começamos outro de raiz. Manter as coisas pequenas significa mantê-las pessoais' – Richard Branson
A sua estratégia é comear do zero. Sempre. Não espere ver Branson a comprar uma grande companhia (até já tentou deitar as mãos à EMI, mas não conseguiu). Manter os negócios numa dimensão relativamente pequena permite-lhe geri-los de uma forma mais pessoal, dominando todos os pormenores.
Regra nº 10
Nunca perder a humildade
'O contacto com ele é fácil, ao contrário do que sucede com uma estrela pop ou um grande homem de negócios' – Mike Brown, biógrafo de Richard Branson
Quando falamos com Branson sentimos que ele é um de nós. Melhor, ele faz-nos sentir que nós somos como ele. É fácil, agradável e muito, muito eficaz. O êxito nunca lhe subiu à cabeça e essa é outra das grandes qualidades do empresário. É este característica que lhe permite ouvir os seus clientes e fazer deles seus consultores, em vez de gastar milhões em multinacionais como a McKinsey, por exemplo. Branson trata todos de forma igual: do recepcionista ao quadro de topo.
Fonte: Richard Branson Way: 10 Secrets of the World's Greatest Brand Builder, de Des Dearlove
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